domingo, 3 de abril de 2011

See the Music! #03

Se você, que provavelmente não lê esse blog, estava sentindo falta do See the Music, fique calmo, relaxe, ele está de volta! E em grande estilo ou não. E pra aproveitar a onda e compensar a falta, esse será um See The Music especial!

Nesta terça-feira (29), a banda Sum 41 lançou seu sexto álbum de estúdio, o Screaming Bloody Murder. Sendo minha banda favorita, dedicarei esse post às melhores músicas do álbum e farei uma análise rápida dele e das demais músicas. Todos prontos?!

Screaming Bloody Murder

Nada melhor que começar pela música que dá nome ao álbum... Ela já apareceu no último STM, quando foi lançada, mas realmente merece aparecer por aqui novamente. Tem um início lento e simples, dando a impressão que pode ser mais uma música do Underclass Hero (quinto álbum do Sum 41), mas logo em seguida um riff com certo peso dá o tom do que será o álbum. Pra mim, é uma das músicas mais intensas do CD e tem um refrão chiclete, fica na cabeça facilmente. Destaque também para o solo de guitarra no estilo "Hell Song" (do Does This Look Infected?). Certamente merece ser colocada como uma das melhores do CD e talvez uma das melhores da banda!

Jessica Kill

Foi um dos títulos mais intrigantes do álbum quando ele ainda estava sendo gravado. Muitas pessoas apostaram que seria muito boa, realmente eles não erraram. "Jessica Kill" tem o peso e a intensidade que lembra muito "Still Waiting" (também do Does This Look Infected?). A música marca a volta do som pesado nas melodias da banda (que apareceu nos álbuns DTLI? e Chuck). O título, numa primeira impressão, parece algo confuso, mas revela outro destaque interessante na música: a letra. A história que ela conta é diferente e muito boa. A letra fala basicamente sobre uma garota e um rapaz que se amam. A menina tem o vício de matar pessoas, então ela pede para seu namorado que a deixe matá-lo. O cara ama tanto a menina que está disposto a se sacrificar para dar-lhe a alegria. Pode parecer meio melancólico, mas ao ouvir a música com certeza tudo muda.

Crash

Criada a partir de um acidente de carro presenciado pelo vocalista (Deryck Whibley), a música é a baladinha principal do álbum. Apenas piano, violão e guitarra compõem a música. Na primeira vez que ouvi, de cara saquei que é a melhor balada que o Sum 41 já fez. Mais que "Pieces", mais que "Slipping Away", mais que "With Me" ou qualquer uma do Underclass Hero. Pela letra dá pra imaginar a música em cenas trágicas de filmes, como acidentes de carros (oh, rly?!), mortes, momentos épicos. Ficaria excelente. Ouvir essa música, de certa forma, faz pensar na vida como um todo, faz pensar na vida, na morte, em tudo que você já fez, em como será o final, é uma sensação diferente... Não sei, é difícil explicar, mas com certeza vale a pena.

Baby You Don't Wanna Know

Parece que o Sum 41 decidiu inovar mais uma vez no seu estilo. "Baby You Don't Wanna Know" tem uma pegada diferente, um estilo diferente. É uma sonoridade nova para a banda. Não pesa para o lado pop/punk da banda, nem para o lado metal dela. Lembra muito o Britpop, mais precisamente o Oasis, com um ritmo empolgante, novo, distinto. Muitos podem não gostar desse estilo vindo do Sum 41, mas acredito que se a banda investir nisso nos próximos álbuns, há grande chance de dar certo, assim dará continuidade na principal característica deles: as novidades em cada álbum, a diferença entre eles, a inovação, fugindo da mesmice em que muitas bandas ficam presas.

Back Where I Belong

Se encaixaria facilmente no álbum Chuck. Tem peso e intensidade semelhante a "Jessica Kill". Acertaram facilmente voltando a fazer esse tipo de música e abandonando, de certa forma, a linha pop seguida em quase todo UH. O ritmo pesado de "Back Where I Belong" lembra "88", mesmo não contando com os solos astronômicos dela. Num show do Sum 41 com certeza seria uma das mais vibrantes. Espero ansiosamente para ter essa oportunidade.

We're The Same

Agora, o maior erro da banda! Ter colocado a melhor música do álbum como bônus! "We're The Same" é praticamente uma mistura do que o Sum 41 tem de melhor, como se fosse uma mistura dos tempos antigos do "All Killer, No Filler" com "Chuck" e "Does This Look Infected". O baixo foi muito bem executado pelo Cone, que - quase sempre - fica escondido entre o peso das guitarras, que também merecem um baita destaque, pois foram muito bem trabalhadas, principalmente nos riffs da música, que grudam na memória. O solo de guitarra também entra para a galeria de um dos melhores da banda. Tom Thacker, apesar de não ter participação efetivamente na gravação do CD, realmente se superou não só em "We're The Same" como no álbum todo. Por ser bônus, dificilmente será executada ao vivo... Infelizmente uma pena, por ser a melhor do álbum e, consequentemente, uma das melhores do Sum 41.

O álbum

Após quatro anos sem lançar um trabalho novo e certa decepção causada pelo Underclass Hero (2007), o Sum 41 superou as expectativas de muita gente, inclusive a minha. Eles tentaram reunir o que havia de melhor nos cinco álbuns anteriores. Claro, eles não conseguiram, acredito que poucas ou quase nenhuma banda consiga. É muito difícil, porém mesmo falhando nesse quesito, eles fizeram um álbum bem diverso, fugindo da mesmice.

Entre o peso e a leveza das músicas, que variam bastante em sua intensidade, nota-se que as principais influências do CD são os álbuns DTLI?, Chuck e Underclass Hero. A composição dele lembra muito a música "We're All To Blame", que varia entre partes extremamente intensas e pesadas e partes lentas. Essa variação causa diferentes sensações, diferentes visões sobre o álbum. Muitos contestam esse tipo de composição, não-linear, porém variar dá um tom mais realístico no todo, com diferentes ângulos e "visões" das músicas.

Screaming Bloody Murder deixa a desejar em "Reason To Believe" que poderia ser melhor detalhada e em "Exit Song", que não agrega nada de novo e interessante ao CD. Parece que foi jogada lá de forma aleatória. Talvez se ganhasse uma melodia no estilo "Never Wake Up", poderia encerrar o CD em grande estilo e deixá-lo ainda melhor.

O álbum, ao lado de Chuck, é o melhor trabalho da banda. O segundo CD lançado após a saída de Dave Brownsound do Sum 41, mostra uma evolução tremenda em relação ao Underclass Hero. Houve a entrada de Tom Thacker para o lugar de Brownsound, contribuindo para a melhora instrumental da banda, voltando aos tempos de 2002, 03, 04, 05... Screaming Bloody Murder definitivamente marca uma nova era no Sum 41, marca uma EVOLUÇÃO e cria boas expectativas para os próximos trabalhos do grupo. Enfim, tirem suas conclusões, aproveitem, ouçam e curtam ao máximo, pois realmente vale a pena!

Para ouvir o álbum inteiro, CLIQUE AQUI!

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